sexta-feira, 10 de outubro de 2014
DHAMMAPADA - Tradução de Thanissaro Bhikkhu e R. Samuel
DHAMMAPADA - Tradução de Thanissaro Bhikkhu e R. Samuel
DHAMMAPADA (I)
Pares
1-2 *:
Fenômenos são precedidos pelo coração,
regidos pelo coração,
feitos do coração.
Se você fala ou age
com um coração corrompido,
o sofrimento então o segue
como a roda do carro
o rasto do boi
isso puxa aquilo.
Fenômenos são precedidos pelo coração,
regidos pelo coração,
feitos do coração.
Se você fala ou age
com a calma, coração luminoso,
então a felicidade o segue,
como a sombra
que nunca o deixa.
3-6:
' Ele me insultou,
me bateu,
me agrediu,
me roubou'
para quem esses pensamentos alimenta
a hostilidade não é acalmada.
' Ele me insultou,
me bateu,
me agrediu,
me roubou'
para quem não pensa assim,
a hostilidade é acalmada.
Não são acalmadas hostilidades
por hostilidades,
indiferentemente.
São acalmadas hostilidades
por não-hostilidades:
isto é uma verdade sem fim.
Ao contrário os que percebem
que estamos aqui à beira
da morte,
esses nada fazem
e suas disputas são pacificadas.
7-8 *:
Aquele que permanentemente busca o belo,
é desenfreado com os sentidos,
não tem nenhuma moderação em comida,
apático, sem energia:
Mara o supera
como o vento, uma árvore fraca.
Aquele que é atento aos seus próprios erros,
contido com respeito aos sentidos,
tem moderação em comida,
cheio de convicção e energia:
Mara não o supera
como o vento uma montanha de pedra.
9-10:
Ele que, depravado,
destituído
de veracidade
e autocontrole,
veste o manto de ocre,
não merece o manto de ocre.
Mas ele que é livre
de depravação
dotado
da veracidade
e autocontrole,
bem estabelecido
nos preceitos,
verdadeiramente merece o manto de ocre.
11-12 *:
Os que consideram
a não-essência como essência
e vê a essência como não -,
não aderem à essência,
percorrem aproximadamente em resoluções de injustiça.
Mas os que sabem
essência como essência,
e não-essência como não -,
aderem à essência,
percorrem aproximadamente em resoluções de direito.
13-14:
Como chuva vaza
na cabana mal-colmada,
assim a paixão,
a mente pouco desenvolvida.
Como chuva não vaza
na cabana bem-colmada,
assim paixão não penetra,
a mente bem-desenvolvida.
15-18 *:
Aqui ele aflige
ele aflige daqui por diante.
Em ambos os mundos
quem prejudica aflige.
Ele aflige, ele é aflito,
vendo a corrupção
das suas ações.
Aqui ele alegra
ele alegra daqui por diante.
Em ambos os mundos
o fabricante de mérito alegra.
Ele alegra, é exultante,
vendo a pureza
das suas ações.
Aqui ele é atormentado
ele é atormentado daqui por diante.
Em ambos os mundos
quem prejudica atormentou.
Ele é atormentado com o pensamento:
' Eu prejudiquei. '
Tendo ido para um destino ruim,
ele é atormentado
ainda mais.
Aqui ele se encanta
ele se encanta daqui por diante.
Em ambos os mundos
o fabricante de mérito se encanta.
Ele se encanta com o pensamento:
' Eu criei mérito. '
Tendo ido para um destino bom,
ele se encanta
ainda mais.
19-20:
Se ele recita muitos ensinamentos, mas
-- homem descuidado--
não faz o que diz,
é como um pastor que conta o gado de
outros,
ele não tem nenhuma parte na vida meditativa.
Se ele não recita nada
mas segue o Dharma
em linha com o Dharma;
a paixão abandonando,
a aversão, a ilusão
alerte,
a mente dele bem-liberta,
nada agarrando
aqui ou daqui por diante:
ele tem parte na vida meditativa.
DHAMMAPADA II
A atenção
21-24 *:
O atento não morre.
O descuidado é como se
já morto.
Conhecendo esta distinção verdadeira,
o sábio, em plena atenção
alegra-se, em plena atenção,
desfruta o nível do nobre.
O iluminado, constantemente
absorvido em jhana,
perseverando,
firme no seu esforço:
está liberto,
em segurança,
sem escravidão.
O que parte,
atento,
limpo em ação,
agindo com a consideração devida,
atento, contido,
vivendo o Dharma:
a sua glória
cresce.
25:
Pela diligência, plena atenção,
restrição, autocontrole,
o homem se torna
uma ilha
nenhuma inundação
o pode submergir.
26:
O insensato se entrega à negligência
o sábio
aprecia a atenção
como sua riqueza.
27:
Não cai na inércia
nem nas delícias sensuais
a pessoa atenta,
absorvida em jhana,
atinge abundância de facilidade.
28:
Quando a pessoa sábia se livra
da negligência
tendo escalado a torre alta
do discernimento,
livre da tristeza,
observa a multidão
entristecendo-se
como o homem iluminado,
tendo escalado
o ápice,
da montanha.
29:
Atento entre descuidados,
alerta entre adormecidos,
da mesma maneira um cavalo rápido avança,
ficando o fraco atrás de si.
30:
Com Plena Atenção ganhou Indra
o domínio sobre os deuses.
O atento é elogiado,
O distraído é censurado.
31-32:
O monge que se deleita em Plena Atenção,
vendo perigo na distração,
avança como fogo,
e vê consumidos os seus obstáculos
O monge que se deleita em Plena Atenção,
perigo vendo na distração
é incapaz de queda
está à beira
da Liberação.
DHAMMAPADA III
A Mente
33-37 *:
Tremendo, oscilando,
duro de vigiar,
assim é
a mente.
O sábio a torna reta
como um fabricante de flechas
o cabo de uma seta.
Como um peixe
tirado de seu meio na água
lançado em terra:
esta mente treme e anela
escapar o reino de Mara.
Duro de sujeitar,
ágil,
descendo onde quer que goste:
a mente.
Seu domesticar é bom.
A mente bem-domesticada
traz facilidade.
Tão duro de ver,
tão mesmo, muito sutil,
descendo onde quer que goste:
a mente.
O sábio dever vigiar isto.
A mente protegida
traz facilidade.
Vagando longe,
indo só,
inconsistente,
mentindo numa caverna:
a mente.
Os que contêm isto:
dos laços de Mara
serão livrados.
38:
Para uma pessoa de mente instável,
verdadeiro Dharma não chega,
sem serenidade
vagando:
o discernimento não cresce em sua plenitude.
39 *:
Uma pessoa de mente não agitada,
sem a consciência turbada de pensamentos vãos,
não se inquieta com o bem e o mal,
alerta,
não há nenhum perigo
nenhum medo.
40 *:
Sabendo que este corpo
é como um jarro de barro,
afiando esta mente
como um forte,
ataque a Mara
com a lança de discernimento,
então guarde o que é ganho
sem apego,
sem reivindicação.
41:
Daqui a pouco este corpo
jazerá na terra
abandonado,
privado de consciência,
como um pedaço inútil
de madeira.
42-43 *:
O inimigo fere
o inimigo,
o que odeia fere o que odeia
pior é a mente doente mal-dirigida
faz a você
até pior.
Mãe, pai,
ou outro parente
não nos tornará tão felizes,
quanto a mente bem dirigida
DHAMMAPADA IV
DHAMMAPADA IV
Flores
44-45 *:
Quem penetrará esta terra
e este reino de morte
com todos seus deuses?
Quem reunirá
o Dharma, esta declaração bem-ensinada,
como ramalhete de flores?
O praticante do caminho
penetra esta terra
e este reino de morte
com todos seus deuses.
O praticante do caminho
pesquisa
o Dharma, esta declaração bem-ensinada,
como um ramalhete
de flores.
46:
Sabendo que este corpo
é como espuma,
percebendo sua natureza
--uma miragem--
cortando
as flores de Mara,
você vai aonde o Rei da Morte
não possa ver.
47-48 *:
O homem que colhe prazeres
como flores
tem o coração distraído:
a morte o varre--
como uma grande inundação,
a aldeia adormecida.
O homem que colhe prazeres
como flores
tem o coração distraído,
insaciável em prazeres sensuais:
o fabricante da morte o segura
debaixo do ritmo
49:
Como uma abelha recolher o néctar sem prejudicar
a flor,
a cor,
a fragrância--
assim o monge deva viver
ao passar
por uma aldeia.
50:
Focalize,
não nas palavras ásperas de outros,
não no que eles fizeram
nem nas suas omissões,
mas no que você
tenha feito e não fez
você.
51-52:
Igual à flor,
fulgente e colorida
mas sem perfume é a palavra bem falada
pelo que assim não age
Igual à flor,
fulgente e colorida
e cheia de perfume é
a palavra bem falada
é frutífera
por quem bem a levou a cabo.
53 *:
Da mesma maneira que de um montão de flores
podem ser feitas muitas áreas de guirlandas,
assim mesmo
por um só mortal
podem ser feitas
--com o que nasce e é mortal--
muitas coisas hábeis.
54-56 *:
O perfume de nenhuma flor
vai contra o vento--
não o sândalo,
o jasmim,
o incenso
Mas o perfume do bem
vai contra o vento.
Da pessoa de integridade
flutua um perfume
em toda direção
Sândalo, lódão,
loto, e jasmim:
Entre estes perfumes
o perfume da virtude
não é superado.
Quase nada é a fragrância
-do sândalo, do lódão
enquanto o perfume do virtuoso
flutua aos deuses,
supremo.
57 *:
Os que consumam a virtude,
morando em plena atenção
libertados por soberana sabedoria
Mara não pode seguir seus rastos
58-59:
Como em uma pilha de lixo
lançada ao lado de uma rodovia
o lírio pode crescer
limpo, perfumado
agradando ao coração.
Assim no meio do lixo
a pessoa comum e cega
que deslumbra com discernimento
o Caminho da Verdade
se auto-desperta
DHAMMAPADA V
Bobos
60:
Longa para o desperto é a noite.
Longa para o cansado, o caminho
Para bobos
inadvertidos do Verdadeiro Dharma
o samsara
é longo
61:
Se, em seu curso, não encontra você
seu igual, seu melhor
então continue seu curso
firmemente
só
Não há nenhum companheirismo com bobos.
62:
' Eu tenho filhos, tenho riqueza'--
são tormentos tolos esses
Quando até ele-mesmo
não se pertence a si
como então filhos?
Como riqueza?
63:
Um bobo com um senso da sua tolice
é--pelo menos até este ponto--sábio.
Mas um bobo que se pensa sábio
realmente merece ser chamado
bobo.
64-65:
Até mesmo se por toda vida
permanece o bobo com o sábio
não conhece nada do Dharma--
como a concha,
o gosto da sopa.
Até mesmo se por um momento,
a pessoa perceptiva fica com o sábio,
conhece o Dharma imediatamente--
como a língua,
o gosto da sopa.
66:
Bobos, a sabedoria fraca,
são seus próprios inimigos
colhem por toda a vida o fruto amargo
de suas más ações
67-68:
Não é bom,
o fazer a ação
que, uma vez terminada,
você lamenta,
cujo fruto que você colhe chorando,
sua face em lágrimas.
É bom,
o fazer a ação
que, uma vez terminada,
você não lamenta,
cujo fruto você colhe satisfeito,
feliz
69:
Contanto que o mal ainda tenha que amadurecer,
os enganados bobos vêem isto como mel.
Mas quando aquele mal amadurece,
os bobos quedam em
dor.
70:
Mês após mês
o bobo poderia comer
só uma medida de gorjeta-de-grama de comida,
mas ele não valeria
um décimo sexto
dos que sondaram
o Dharma.
71 *:
Uma ação má, quando terminada,
não se faz doce como o leite coagulado
Segue o bobo,
queimando sem chama
como um fogo
escondido em cinzas.
72-74:
Só para sua ruína
faz renome o bobo.
Saqueiam sua fortuna luminosa
e cortam sua cabeça
Para ele seria melhor estar incógnito
do que buscar falsa reputação entre monges,
falsa autoridade em monastérios,
falsa homenagem familiares
' Que os leigos e religiosos me julguem perfeito
e me obedeçam '
No seu orgulho
pensa o bobo
75:
Há um caminho para o ganho material
há outro para o Despertar
Percebendo isto, o monge,
discípulo do Desperto
não deve apreciar oferecimentos,
deve cultivar a solidão
Dhammapada VI
O sábio
76-77:
Considere quem lhe aponta os defeitos
como se ele lhe desvendasse
tesouros escondidos
Junte-se ao sábio que
vendo suas faltas
o repreende
Fique com este tipo de sábio.
Para o que fica
com um sábio deste tipo,
as coisas melhoram,
não pioram.
Deixe-o prevenir, instruir,
reverencie-o
trate-o com bons modos
Para o seu bem ele está encarecendo
para o mal, ele não é.
78:
Não se associe com amigos ruins.
Não se associe com o baixo.
Associe-se com amigos admiráveis.
Associe-se com o melhor.
79 *:
Bebendo o Dharma,
refrescado pelo Dharma,
a pessoa dorme à vontade
com consciência clara e calma.
No Dharma revelado
pelos nobres,
a pessoa sábia
sempre se delicia.
80:
Os aguadeiros guiam a água.
Flecheiros amoldam a ponta da seta.
Carpinteiros amoldam a madeira.
O sábio controla a si-próprio
81:
Como uma laje de pedra
não se move ao vento,
assim o sábio não é movido
pelo elogio,
pelo vitupério
82:
Como um lago fundo,
claro, límpido e calmo:
assim o sábio fica claro,
calmo,
ao ouvir palavras do Dharma.
83 *:
Em todos lugares, verdadeiros,
os íntegros
estão de pé
Eles, os bons
não tagarelam em esperanças
de favor ou ganhos.
Quando tocados
de prazer,
ou de dor,
o sábio não dá nenhum sinal
de altivez
ou baixeza.
84:
O que não deseja
para si
ou para outrem
riqueza,
um filho,
um reino,
sua própria realização
através de meios injustos:
é íntegro, rico
em virtude,
discernimento.
85-89 *:
Poucas são as pessoas
que chegam à Costa Distante.
A maioria
simplesmente corra de um lado para outro
sem atravessar
Mas os que praticam o Dharma
em linha com o Dharma bem-ensinado,
atravessam o reino da Morte
tão duro transcender.
Práticas escuras abandonando,
a pessoa sábia
deve desenvolver o luminoso,
tendo saído de casa
para nenhuma-casa
em solidão, tão dura desfrutar.
Lá ele deve encontrar as delícias
a sensualidade descartando
ele que não tem nada.
Lá ele deve se limpar -- o sábio --
do que suja a mente.
Aquele cuja mente é bem-desenvolvida
nos fatores de despertar,
que se encanta no desapego
renunciando, nada agarrando
ele é resplandecente,
suas necessidades terminaram:
ele, no mundo,
é Ilimitado
DHAMMAPADA VII
Arahants
90:
Aquele que
foi para a distância
é livre de tristeza,
é liberto completamente
sob todos aspectos,
abandonou todos os laços:
não tem ansiedade
91:
Os atentos se mantêm ativo,
não se encantam olhando para trás.
renunciam a toda casa,
a toda casa,
como os cisnes que se vão de um lago.
92-93 *:
Não acumulando,
tendo compreendido o alimento
seu repasto é a vacuidade
a liberdade sem rastro:
seu caminho
como dos pássaros no espaço,
não pode ser localizado.
A efluências terminaram,
independente de nutrição,
seu repasto é a vacuidade
a liberdade sem rastro:
seu caminho
como dos pássaros no espaço,
não pode ser localizado.
94-96 *:
Os próprios deuses admiram
aqueles cujos sentidos foram domados
como os cavalos bem-treinados pelo cocheiro,
que abandonou a vaidade
e é livre de efluência
Tal ser
até mesmo devas o adoram.
Como a terra, não reage ele
culto,
Ele,
como o pilar de Indra,
como um lago livre de lama.
Para ele
--Ele--
não há nenhuma viagem
Calma é sua mente
calma sua fala
e sua ação
o que é libertado por direito saber,
pacificado,
Ele.
97 *:
O homem
incrédulo / além da convicção
ingrato / sabendo o desfeito
um assaltante / que cortou conexões
que é destruído
as suas chances / condições
que come vômito: / vomitou expectativas:
é a última pessoa.
98:
Na aldeia ou na selva
vale, planalto,:
onde arahants moram.
é um delicioso lugar
99:
Deliciosas são as florestas
que às multidões não encantam,
para os livres de paixão
ali se deliciam
porque não estão em busca
de prazeres sensuais.
DHAMMAPADA VIII
Milhares
100-102 *:
Melhor
que mil
palavras sem sentido
é uma
significante
palavra
que em ouvir
traz paz ao ouvinte.
Melhor
que mil
versos sem sentido é
um
significante
verso
que em ouvir
traz paz ao ouvinte.
Melhor que cantar centenas
de versos sem sentido é
um,
de Dharma
que em ouvir
traz paz ao ouvinte.
103-105:
Maior na batalha
que o homem que conquista
mil homens,
é o que conquista
a si mesmo: justo
ele é.
Melhor se conquistar
a si, que a outros.
Quando você se treinou,
vivendo em autocontrole constante,
nem um deus nem gandhabba,
nem um Mara nem Brahma,
pode transformar o triunfo
em derrota.
106-108 *:
Melhor que, mês a mês,
oferecer milhares
de sacrifícios
é prestar homenagem num único momento
à pessoa
sábia
Melhor que cem anos de sacrifícios
é aquele ato de homenagem
Melhor que, durante cem anos,
morar em uma floresta
fazeendo o fogo do sacrifício,
é prestar homenagem
de um único momento
para uma pessoa,
sábia.
Melhor que cem anos de sacrifícios
é aquele ato de homenagem
Tudo ofereceu
tudo sacrificou no mundo
durante um ano inteiro buscando mérito
isso valhe um quarto.
Melhor prestar respeito
para esses que foram
corretos
109:
Se você tem respeito através do hábito,
constantemente honrando o merecedor,
quatro coisas aumentam:
vida longa, beleza,
felicidade, força.
110-115:
Melhor que cem anos
vividos sem virtude, sem moralidade, é
um dia
vivido por uma pessoa virtuosa
absorvido em jhana.
E melhor que cem anos
sem virtude vividos, sem moralidade, é
um dia
vivido por uma pessoa perspicaz
absorvido em jhana.
E melhor que cem anos
vivendo apático e sem energia, é
um dia
vivendo enérgico e firme.
E melhor que cem anos
vivendo sem ver,
nascendo e morrendo, é
um dia
vivido vendo,
surgindo e falecendo.
E melhor que cem anos
vivido sem ver
o estado Imortal, é
um dia
vivido vendo
o estado Imortal.
E melhor que cem anos
vividos sem ver
o supremo Dharma, é
um dia
vivido vendo
o supremo Dhamma.
116:
Seja rápido fazendo
o que é admirável.
Contenha sua mente
do que é mau.
Quando você é lento
fazendo mérito,
o mal delicia a mente.
117-118:
Se uma pessoa faz mal,
não deveria fazer isto novamente e novamente,
não deve desenvolver uma propensão para isto.
Acumular mal
traz dor.
Se uma pessoa faz o mérito,
ela deveria fazer isto novamente e novamente,
deve desenvolver uma propensão para isto.
Acumular mérito
traz facilidade.
119-120:
Até mesmo o mal
se encontra com boa fortuna
desde que o mal
ainda tenha que amadurecer.
Mas quando está maduro
é quando encontra
o mal.
Até mesmo o bem
se encontre com má fortuna
contanto que o bem
ainda tenha que amadurecer.
Mas quando está maduro
é quando se encontra
com boa fortuna
121-122 *:
Não seja descuidado com o mal
(' Não virá a mim').
A água enche o jarro
até mesmo com
gotas
Com o mal -- até mesmo se
pedaço
por
pedaço,
habitualmente--
o tolo torna-se cheio
Não seja descuidado com o mérito
(' Não virá a mim').
A água enche o jarro
até mesmo com
gotas
Com mérito--até mesmo se
pedaço
por
pedaço,
habitualmente--
o iluminado torna-se pleno
123:
Como um comerciante com pequena
mas bem-carregada caravana
--uma estrada perigosa,
como uma pessoa que ama a vida
--um veneno,
deveria evitar
--ações más.
124:
Se não há nenhuma ferida na mão,
aquela mão pode segurar veneno.
O veneno não penetrará
onde não há nenhuma ferida.
Não há nenhum mau
para aqueles que não o fazem
125:
Quem molesta
um homem inocente,
um homem puro, sem mácula
o mal volta certo ao bobo
como o pó
lançado contra o vento.
126 *:
Alguns nascem no útero humano,
outros no inferno,
aqueles em bom curso vão
para um céu,
enquanto os outros ficam
totalmente aprisionados
127-128:
No ar,
nem no meio do mar,
nem entrando em uma fenda nas montanhas
--em nenhuma parte na terra--
você pode se esconder
ficar e fugir
de sua ação má.
Não no ar,
nem no meio do mar,
nem entrando em uma fenda nas montanhas
--em nenhuma parte na terra--
você pode se esconder
ficar e não sucumbir
na morte.
DHAMMAPADA X
A Vara
129-130:
Todos
tremem à vara,
todos
temem a morte.
Puxando o paralelo para
você,
não mate nem leve outros a matar.
Todos
tremem à vara,
todos
temem a morte.
Puxando o paralelo para
você,
preserve a vida dos outros, tão preciosa
131-132:
Quem castiga
para prejudicar seres vivos que desejam facilidade,
quando ele mesmo a estiver procurando
não a encontrá, depois da morte.
Quem não prejudica seres vivos
que desejam facilidade,
quando a estiver procurando
a encontrará, depois da morte.
133-134:
Não fale severamente com ninguém,
ou as palavras serão lançadas
contra você.
A palavra colérica é dolorosa,
quem a pronuncia é golpeado
em retorno
Se, como gongo quebrado
você não ressoa,
atingiu o Nirvana
não encontrará
nenhum limite
135:
Como um pastor com uma vara
leva o gado para o campo,
assim envelhecendo e morrendo
a vida conduz
os seres vivos.
136:
Ao fazer ações más,
o bobo é inconsciente.
O simplório
é atormentado
por suas próprias ações
como queimado por um fogo.
137-140:
Quem, com uma vara,
molesta um homem inocente, desarmado,
depressa entra em quaisquer de dez coisas:
dores severas, devastação, corpo quebrado, doença séria,
distúrbio mental, aborrecimento com o governo,
difamação violenta, perda dos parentes, dissolução da propriedade,
casa destruída por incêndio
Depois da separação do corpo
o sem discernimento,
reaparece no
inferno.
141-142:
Nem a nudez de cabelo
nem a lama
nem o jejum
nem dormir no chão nu
nem pó e sujeira
nem severidades
limpa o mortal
que não saiu de suas dúvidas.
Se, entretanto bem vestido, a pessoa vive
com a vida pura
--acalmou, domesticou, concentrou--
que a ninguém castiga
é um meditador
um brâhmane
monge.
143 *:
Quem no mundo
é livre de qualquer censura
desperto para censurar
como um corcel de puro sangue
não merece nenhuma chicotada?
144:
Como um corcel puro sangue
golpeado pelo chicote,
seja ardente e rápido.
Por convicção
virtude, persistência,
concentração, julgamento,
consumando o conhecimento, a conduta,
atento,
você abandonará a dor
145:
Lavradores guiam a água.
Flecheiros amoldam o cabo de seta.
Carpinteiros amoldam a madeira.
Os controlados praticam o bem
DHAMMAPADA XI
A velhice
146:
Que risos, que alegria,
quando em constantes tormentos?
Envolvido em escuridão,
você não procura a luz?
147:
Olhe para esta imagem enfeitada
um montão de inflamadas feridas, amparado
doente, mas sujeito
de muitos anseios
onde nada mais resta
nada vai durar, nada é seguro
148:
Usado é este corpo,
ninho de doenças, dissolvendo.
Esta conglomeração pútrida
ligada para se separar,
vida por fora, morte por dentro
149:
Em ver estes ossos
descarnados
como cabaço pelo outono,
que prazer existe?
150:
Nesta cidade feita de ossos,
engessada em cima com carne e sangue,
os tesouros escondidos são:
orgulho e desprezo,
envelhecimento e morte.
151:
Até mesmo as carruagens reais
bem-embelezadas
vão decaindo
assim o corpo
sucumbe com a idade
Mas o Dharma do bem
não sucumbe com a velhice:
passa o saber de um sábio a outro sábio
152 *:
O ignorante envelhece
como amadurece um boi.
Os músculos desenvolvem,
o discernimento não.
153-154 *:
Pelo círculo de muitos nascimentos vaguei eu
sem recompensa,
sem descanso,
buscando o construtor da casa
Doloroso é nascer
novamente e novamente.
Ó Construtor, você foi visto!
Não construirá a casa novamente.
Todas suas vigas quebradas,
o poste de cume destruído,
ido para o Não-formado a mente,
encontrou o fim o apego
155-156:
Não vivendo a vida pura
nem ganhando riqueza na mocidade
eles desperdiçam a vida como garças velhas
num lago seco
sem peixe.
Não vivendo a vida pura
nem ganhando riqueza na mocidade
eles se deitam ao redor,
do fogo
suspirando na velhice
DHAMMAPADA XII
Ego
157 *:
Se você tem apego a seu próprio eu
então o observe, observe-o bem.
A pessoa sábia fica acordada
se aperfeiçoando
em quaisquer dos três relógios da noite,
nas três fases da vida.
158:
Primeiro
se estabeleça
no que está correto,
só então
ensine os outros.
Assim não mancha o seu nome
é sábio.
159:
Se você não se aperfeiçoa
o modo que você [pode] ensinar os outros é
então, bem-treinado,
prossiga e controle--
para [mostrar]
como é duro aperfeiçoar-se a si próprio
você mesmo.
160:
Seu próprio ego é
seu próprio esteio,
quem mais poderia ser seu esteio?
Com você mesmo bem treinado
obtém o esteio
difícil de obter.
161:
O mal se faz a si próprio
--ego-nascido, ego-criado--
moe abaixo o simplório,
como um diamante a pedra preciosa.
162 *:
Quando transborda de vício extremo
como trepadeira numa videira
você faz a você
o que um inimigo desejaria.
163:
São fáceis de fazer
as coisas que não são boas
não são úteis para você.
O que é verdadeiramente útil e bom
é verdadeiramente mais que duro de fazer.
164 *:
O ensinamento dos que vivem o Dharma,
merecedor, nobre:
quem o difama
é um simplório,
inspirado por visão errônea
frutifica para sua própria destruição
como o frutificar do bambu.
165 *:
Mal é feito por nós mesmos
por nos mesmos nos corrompemos
Mal é purificado por nós mesmos
por nós mesmos nos purificamos
Pureza e impureza é a própria pessoa que faz
Ninguém purifica outro.
nem é purificado por outro.
166 *:
Não sacrifique sua própria purificação
pela de outro,
não importa qual grande isso possa parecer
Percebendo seu próprio verdadeiro caminho
concentre-se nisso.
DHAMMAPADA XIII
Mundos
167:
Não associe com o de má qualidade
Não se consorcie com o preguiçoso
Não se associe à visões errôneas
Não se atarefe com o mundo.
168-169:
Levante-se! Não seja descuidado.
Viva bem o Dharma.
O que vive o Dharma
dorme com facilidade
neste mundo e no próximo.
Viva bem o Dharma.
Não viva o mal.
O que vive o Dharma
dorme com facilidade
neste mundo e no próximo.
170 *:
Veja tudo como uma bolha,
como uma miragem:
o que considera o mundo deste modo
o Rei de Morte não o vê.
171:
Venha, olhe este mundo
todo enfeitado
como uma carruagem real,
onde os bobos mergulham
enquanto os sábios
nada agarram.
172-173:
O que era descuidado,
mas depois deixou de ser,
clareia o mundo
como a lua fixa livre das nuvens.
Sua ação mal-feita
substituída pela habilidade:
ele clareia o mundo
como a lua fixa livre das nuvens.
174:
Encoberto este mundo--
como poucos aqui vêem claramente!
Da mesma maneira pássaros escaparam
da prisão
poucas, poucas
as pessoas
que voam pelo céu.
175:
Os cisnes voam à caminho do sol;
os que têm o poder voam pelo espaço;
o iluminado voa deste mundo,
tendo derrotado os exércitos de Mara.
176 *:
A pessoa que mente,
que transgride qualquer coisa,
no que concerne a este mundo e além
não há nenhum mal
que não possa cometer
177:
O avaro não chega
ao mundo divino
A alegria de dar não a conhecem
os bobos.
O iluminado
muito se alegra na caridade
e assim acha facilidade
no mundo do além
178 *:
O domínio exclusivo sobre a terra,
indo para céu,
o domínio sobre todos os mundos:
o fruto do Que Entrou na Corrente
os supera.
DHAMMAPADA XIV
Desperto
179-180:
Aquele cuja conquista não pode ser desfeita,
cuja conquista ninguém no mundo
pode alcançar;
desperto, sua esfera infinita,
sem deixar rastro
por que caminho poderá ser desviado?
Em quem não há nenhuma apetência
a que nada mais se apega
para desviá-lo para algum lugar é impossível
desperto, sua esfera infinita,
sem deixar rastro
por que caminho poderá ser desviado?
181:
Ele, o iluminado, intenção em jhana,
se deleitando na renúncia
e tranquilidade
auto-desperto e atento:
até mesmo os deuses
o vêem com admiração
182:
Difícil o nascimento humano.
Difícil a vida de mortais.
Difícil a chance para ouvir o verdadeiro Dhamma.
Difícil o surgindo do Desperto.
183-185 *:
O não-fazer nenhum mal,
o desempenho do que é hábil,
limpando a própria mente
este é o ensino
do Desperto.
Resistência é a paciência:
a maior austeridade é a paciência.
O Nirvana:
o que vai além,
assim dizem os Desperto.
Ele que prejudica o outro
não é contemplativo.
Ele que maltrata o outro,
não é monge.
Não desacreditando, não prejudicando,
restrito em linha com o Patimoksha,
moderação em comida,
morando em reclusão
compromisso com a mente de iluminação:
este é o ensino
dos Despertos.
186-187:
Nem mesmo se chovesse moedas de ouro
nós teríamos a satisfação
dos prazeres sensuais.
' Cheios de dor,
dão pouco prazer'
sabendo disto, o sábio,
não achando nenhuma delícia
até mesmo em prazeres sensuais divinos.
Ele se encanta
no fim do almejar
ser um discípulo do Justo
Ego-despertado Um.
188-192 *:
Eles vão a muitos refúgios,
nas montanhas e florestas,
morar em santuários de árvore:
mas ali pessoas perigosas ameaçaram.
Isso não é um refúgio seguro,
não um refúgio supremo,
isso não é o refúgio,
tendo ido para o qual,
você ganha liberação
de todo o sofrimento e tensão.
Mas quando, tendo ido
para o Buddha, o Dharma,
e Sangha para refúgio,
você vê com discernimento certo
as quatro verdades nobres:
1) a tensão,
2) a causa de tensão,
3) transcendendo a tensão,
e 4) o óctuplo caminho nobre,
o modo de acalmar a tensão:
isso é o refúgio seguro,
que, o refúgio supremo,
isso é o refúgio,
tendo ido para qual,
você ganha liberação
de todo o sofrimento e tensão.
193:
É difícil vir
o superior de todos os homens.
Simplesmente não é verdade
que ele nasce em todos lugares.
Onde quer que ele nasça, um iluminado,
a família prospera,
está contente.
194:
Uma bênção: o surgir do Desperto.
Uma bênção: o ensinamento do verdadeiro Dharma.
Uma bênção: a concórdia da Sangha.
A austeridade desses em acordo
é uma bênção.
195-196 *:
Se você adora o merecedor de adoração,
--o Desperto ou seus discípulos--
que transcenderam
complicações,
lamentação,
e aflição,
que estão fora de perigo,
destemido,
livre:
não há nenhuma medida que possa medir
seu mérito
DHAMMAPADA XV
Feliz
197-200:
Quão felizes vivemos,
livres de hostilidade
entre os que são hostis.
Entre pessoas hostis,
livres de hostilidade moramos.
Quão felizes vivemos,
livres de miséria
entre os que são miseráveis.
Entre pessoas miseráveis,
livres de miséria moramos.
Quão felizes vivemos,
livre de ocupação
entre os que estão ocupados.
Entre pessoas ocupadas,
livre de ocupação moramos.
Quão felizes vivemos,
nós que não temos nada.
Nos alimentamos de êxtase
como os deuses Brilhantes.
201:
Ganhar gera hostilidade.
Perder gera dor.
A mentira se substitui pela facilidade,
estando livre
de ganho e perda
202-204:
Não há nenhum fogo como a paixão,
nenhuma perda como a raiva,
nenhuma dor como os agregados,
nenhuma facilidade como a paz.
Fome: a maior doença
Fabricações: a maior dor
sabendo disso
como verdade,
a Liberação
é a maior facilidade
Livre de doença: a maior boa-fortuna
Satisfação: a maior riqueza
Confiança: o maior parentesco
a Liberação: a maior facilidade
205:
Bebendo a nutrição,
o sabor,
da reclusão e calma,
a pessoa se livra de mal, destituído
de angústia,
refrescado com a nutrição
de êxtase do Dharma.
206-208:
É bom ver Aqueles Nobres.
Feliz acompanhar-se com eles sempre.
Por não ver os bobos
constantemente, constantemente
a pessoa estaria feliz.
Vivendo com um bobo,
a pessoa se aflige todo tempo.
Dolorosa é a comunhão com os bobos,
como com um inimigo--
sempre.
Feliz é a comunhão
com o iluminado,
como com um ajuntamento de família.
Assim:
o homem iluminado--
discernido, instruído,
duradouro, obediente, nobre,
inteligente, um homem de integridade:
siga-o
--a um deste tipo--
como a lua, o caminho
das estrelas de zodíaco.
DHAMMAPADA XVI
Prazer
209 *:
Aplicar-se ao que não deve
e não se aplicar
ao que deve
desconsiderando sua meta
agarrar-se aos prazeres,
é preparar a inveja para aqueles
que tiveram melhor sorte,
tendo realizados
suas tarefas.
210-211:
Não faça diferença
entre o prazer
e o desprazer.
É doloroso
não ter o que é prazer
ou ter o que não é.
Assim não transforme nada em prazer,
porque isto será terrível quando distante
Nenhum laço é achado
para os para quem
não há nem prazer
nem desprazer.
212-216:
Do que é querido nasce aflição,
do que é querido nasce medo.
Para o livre do prazer
não há nenhuma aflição
--assim por que temer?
Do que é amado nasce aflição,
do que é amado nasce medo.
Para o livre do que é amado
não há nenhuma aflição
--assim por que temer?
Da delícia nasce aflição,
da delícia nasce medo.
Para o livre das delícias
não há nenhuma aflição
--assim por que teme?
De sensualidade nasce aflição,
de sensualidade nasce medo.
Para o livre da sensualidade
não há nenhuma aflição
--assim por que temer?
Do almejar nasce aflição,
do almejar nasce medo.
Para o livre do almejado
não há nenhuma aflição
--assim por que temer?
217:
O que consuma virtude e visão,
judicioso,
fala a verdade,
faz a própria tarefa:
o mundo o tem por querido.
218 *:
Se no seu coração floresceu
determinado nascimento para certo desejo
que não pode ser expresso,
sua mente está livre de paixões sensuais:
é dito que você é
um Vogador da Corrente.
219-220:
Ao homem que volta de longa ausência
que vem para casa
a família, os amigos, os companheiros
se encantam com seu retorno.
Do mesmo modo,
quando você fez o bem
e vai deste mundo
para o além mundial,
suas ações boas o recebem--
como a família, alguém querido
que vem para casa.
DHAMMAPADA XVII
Raiva
221:
Abandone a raiva,
depõe a vaidade,
vá além da corrente.
Quando por nome e forma
você não tem nenhum apego
--não tendo para tudo--
nenhum sofrimento, nenhuma tensão, invade.
222:
Quando raiva surge,
quem a mantém por controle firme
é como se com uma carruagem de corrida:
Eu o chamo um cocheiro mestre.
Qualquer um outro,
é apenas um segurador da rédea
apenas.
223:
Conquiste a raiva
com a falta de raiva;
ruim, com o bem;
mesquinhez, com generosidade
mentira, com verdade.
224:
Contando a verdade
não se manifestando bravo
dando, quando lhe pedem
não importa quão pouco você tem:
por estas três coisas
você entra na presença de deuses.
225:
Sábios suaves,
constantemente contido em corpo,
vão para o estado sem vacilo
onde, tendo ido,
não há nenhuma aflição.
226:
Para esses que sempre ficam alertas,
treinando dia e noite,
profundos na contemplação do Nirvana
o renascimento se acaba
227-228:
Há muito tempo, Atula,
não é de hoje:
são criticados
os silenciosos,
os que falam com moderação
e os que falam em excesso
Ninguém no mundo está livre da crítica
Nunca houve
nem haverá
qualquer um completamente livre da crítica
ou completamente livre do elogio.
229-230:
Se as pessoas educadas o elogiam,
tendo-o observado
dia após dia
ser inocente em conduta, inteligente,
dotado de discernimento e virtude:
como um lingote de ouro--
quem pode achar falta nele?
Até mesmo deuses o elogiam.
Até mesmo por Brahma ele é elogiado.
231-234 *:
Vigie-se contra a raiva
explodindo no corpo;
no corpo, seja contido.
Tendo abandonado a má conduta completamente,
viva conduzindo-se bem
no corpo.
Vigie-se contra raiva
explodindo na fala;
na fala, seja contido.
Tendo abandonado a má conduta verbal,
viva conduzindo-se bem
na fala.
Vigie-se contra raiva
explodindo na mente;
na mente, seja contido.
Tendo abandonado a má conduta mental,
viva-se conduzindo-se bem
na mente.
Contiveram o corpo
os iluminados
contiveram a fala e a mente
os iluminado
eles têm perfeito domínio de si.
DHAMMAPADA XVIII
Impurezas
235-238 *:
Você é agora
como folha seca.
Já os arautos de Yama estão próximos.
Você está à porta da partida
mas ainda tem que prover
para a viagem.
Faça uma ilha para você!
Trabalhe depressa! Seja sábio!
Com as impurezas sopradas fora,
puro,
você alcançará o reino divino
do nobre.
Você está agora
ao término de seu tempo.
Você é levado
para a presença de Yama,
sem descanso no caminho,
mas ainda tem que prover
para a viagem.
Faça uma ilha para você!
Trabalhe depressa! Seja sábio!
Com impurezas sopradas fora,
puro,
você não sofrerá nascimento novamente
e envelhecimento
239:
Da mesma maneira que o ferreiro na prata
passo a
passo
batida a
batida,
momento a
momento,
sopra as impurezas
de prata fundida--
assim o homem sábio, suas próprias.
240 *:
Da mesma maneira que a ferrugem
--a impureza de ferro--
come verdadeiramente o ferro
no qual nasce,
assim as ações
do que vive despreparado
o seduz
a um destino ruim.
241-243:
Nenhuma recitação: a impureza ruinosa
de cantos.
Nenhuma iniciativa: de um dono de casa.
Indolência: da beleza.
Distração: de um guarda.
Em uma mulher, a má conduta é uma impureza.
Em um doador, mesquinhez.
Ações más são as reais impurezas
neste mundo e no próximo.
Mais impuro que estas impurezas
é a ignorância.
Tendo abandonado esta impureza,
monge, você é puro.
244-245:
Vida é fácil
para o sem escrúpulos,
esperto como um corvo,
corrompido, comendo,
lixo
mas para alguém que constantemente é
escrupuloso, cauteloso,
observante, sincero,
puro no seu sustento
limpo nos objetivos
a vida é dura.
246-248:
Quem faz matanças, mentiras, roubos,
quem vai para outra esposa,
é viciado em tóxicos,
já está destruído
pela raiz
aqui mesmo neste mundo.
Assim saiba, meu homem bom,
que ações más são preocupantes.
Não deixe ganância e ilegalidade
o oprimir com a dor a longo prazo.
249-250:
Pessoas dão
de acordo com sua fé
com convicção.
Quem se preocupa
com a comida e bebida dada
não atinge nenhuma concentração
de dia ou de noite.
Mas o no qual isto é
cortado
atinge concentração
de dia ou de noite.
251:
Não há nenhum fogo como a paixão,
nenhum ataque apoplético como a raiva,
nenhuma armadilha como a ilusão,
nenhum rio como o apego.
252-253:
É fácil ver
o erro de outro,
mas duro ver
seu próprio.
Você joeira os erros de outros,
mas esconde seu próprio--
com um fraude, um lançamento azarado.
Se você focaliza os erros de outros,
falta constantemente achando,
seu problenas florescem.
Você está longe do fim deles.
254-255 *:
Não há nenhum rastro no espaço,
nenhum contemplativo.
As pessoas são atingidas duramente
com complicações,
mas destituído de complicação é
o Tathagatas.
Não há nenhum rastro no espaço,
nenhum contemplativo,
nenhuma fabricação eterna,
nenhuma indecisão nos Despertos.
DHAMMAPADA XIX
O Juiz
256-257 *:
Julgar apressadamente
não significa que você é um juiz.
O sábio, pesando ambos,
o julgamento certo e falso,
julga imparcialmente
com cuidado, de acordo com o Dharma,
observando o Dharma,
observado pelo Dharma,
inteligente:
ele é chamado um juiz.
258-259 *:
Simplesmente falando muito
não significa que é sábio. Quem plácido
sem hostilidade,
medo--
é dito que é sábio.
Simplesmente falando muito
e não mantendo o Dharma
não significa que é sábio.
Quem
embora fale muito pouco
demonstra o Dharma no seu próprio corpo
não é descuidado com o Dharma:
é o mantenedor do Dharma.
260-261:
Uma cabeça de cabelos brancos
não significa a pessoa um ancião.
Avançado em anos,
pode ser um bobo velho.
Mas o em quem há
verdade, restrição,
retidão, bondade,
autocontrole--
é chamado um ancião,
as impurezas dele saíram,
iluminado.
262-263:
Não é através de conversação suave
ou de coloração de loto
que um fraude invejoso, avarento
se torne um homem exemplar.
Mas o em quem a aversão é
cortada
superada - desarraigada
jogada fora--
é chamado exemplar,
sem a aversão
inteligente.
264-265 *:
Um careca
não significa um meditador.
O mentiroso que não observa nenhum dever,
cheio de ganância e desejo:
que meditador ele?
Mas quem ignora
a dissonância
das qualidades más
--grande ou pequeno--
em todos os sentidos
trazendo a consonância:
ele é chamado um meditador.
266-267:
Implorando aos outros
não signifique a pessoa é um monge.
Contanto que a pessoa siga
os modos de donos da casa,
a pessoa não é nenhum monge
Mas quem aparta
ambos mérito e mal
vive a vida pura,
judiciosa
passa pelo mundo:
ele é chamado um monge.
268-269 *:
Não através de silêncio
que faz alguém confundido
e inconsciente
quer se transforme em um sábio.
Mas quem--sábio,
como segurando as balanças,
levando o excelente--
rejeita ações más:
ele é um sábio,
isso é como ele é um sábio.
Quem pode pesar
ambos os lados do mundo:
isso é como ele é chamado
um sábio.
270:
Não prejudicando a vida
faz que um se torne nobre.
A pessoa se torna nobre
por ser suave
para todas as coisas vivas.
271-272 *:
Monge,
não se faz
por causa de
seus preceitos e práticas,
grande erudição,
conseguir concentração,
habitação retirada,
ou o pensamento, ' eu sou
o que renunciou ao que
aquelas pessoas comuns
fazem':
e mesmo sendo complacente
quando o fim de seus resultados
ainda é inatingido.
DHAMMAPADA XX
O Caminho
273 *:
Dos caminhos, o óctoplo é melhor.
Das verdades, as quatro declarações.
Das qualidades, a impassibilidade
De seres de dois pés
o com os olhos
de ver.
274-276 *:
Só isto
é o caminho
--não há nenhum outro:
purificar a visão.
Siga isso e será Mara
confundido.
Seguindo isto,
você porá um fim
ao sofrer e tensão.
Eu lhe ensinei este caminho
por saber
a extração das flexas.
É para você se esforçar
ardentemente.
Tathagatas apenas
mostram o modo.
Os que praticam,
absorvido em jhana:
dos laços de Mara
serão livrados.
277-279 *:
Quando você vê com discernimento,
' Todas as fabricações são inconstantes'--
você está livre de tensão.
Este é o caminho
da pureza.
Quando você vê com discernimento,
' Todas as fabricações são cansativas'--
você está livre da tensão.
Este é o caminho
da pureza.
Quando você vê com discernimento,
' Todos os fenômenos não têm ego '--
você está livre da tensão.
Este é o caminho
da pureza.
280:
Na ocasião para iniciativa
não toma nenhuma iniciativa.
Jovem, forte, mas letárgico,
as resoluções do coração dele
exausto,
o preguiçoso, letárgico
perde o caminho
o discernimento.
281:
Controlado na fala,
bem-contido no corpo e mente,
não faça nada errado.
Purifique
estes três cursos de ação.
Traga a gozo
o caminho que os videntes proclamaram.
282:
De se esforçar vem sabedoria;
de não, o fim da sabedoria.
Sabendo estes dois cursos
--para desenvolvimento,
declínio--
o administre
de forma que a sabedoria cresça.
283-285 *:
Reduza
a floresta do desejo,
não a floresta das árvores.
Da floresta do desejo
vem perigo e medo.
Tendo reduzido esta floresta
e seu bosque, monges,
sejam livres
Enquanto não for cortado
o desejo de um homem pelas mulheres
o coração estará preso
como um bezerro lactente
em sua mãe.
Acaba com a auto-estima
como um lírio de outono
na mão.
Crie só o caminho a paz
--o Nirvana--
como ensinado pelo Bem Ido.
286-289 *:
' Aqui eu ficarei para as chuvas.
Aqui, durante o verão e inverno. '
Assim imagina o bobo,
inadvertido das obstruções.
Aquele homem que se deleita com filhos e gado
na mente:
a morte o varre--
como uma grande inundação,
a aldeia adormecida.
Nenhum filho
dá abrigo,
nenhum pai,
nenhum familiar
torna seguro o fim
nenhum abrigo há
entre a família.
Consciente
desta razão constrangedora,
o homem sábio, contido por virtude,
deve fazer o caminho puro
--imediatamente--
isso vai de todo o modo para Nirvana.
DHAMMAPADA XXI
Miscelânea
290:
Sendo bastante abandonar
a facilidade limitada
pela abundância
o homem iluminado
abandona
a facilidade limitada
pela abundância.
291:
Buscar a própria facilidade
à custa dos outros
é ação de hostilidade,
de hostilidade
ele não fica livre.
292-293 *:
Os que
rejeitam o que deve,
e fazem o que não deveria ser feito
--descuidado, insolente--
os problemas crescem.
Mas para esses que
constantemente são bem-aplicados
na plena-atenção no corpo;
não favorecem
o que não deveria ser feito
e persistem
no que deve
--atentos, alertas--
os problemas se acabam.
294-295 *:
Tendo matado a mãe [a volúpia], o pai [o orgulho]
dois reis guerreiros
o reino e sua dependência--
o brâhmane, calmo, viaja.
Tendo matado a mãe [a volúpia], o pai [o orgulho]
dois reis instruídos,
e, quinto, um tigre--
o brâhmane, calmo, viaja.
296-301 *:
Eles estão despertos, sempre despertos
Os discípulos de Gotama
em plena atenção, dia e noite,
constantemente imersos
no Buddha.
Eles estão despertos, sempre despertos
Os discípulos de Gotama
em plena atenção, dia e noite,
constantemente imersos
no Dharma
Eles estão despertos, sempre despertos
Os discípulos de Gotama
em plena atenção, dia e noite,
constantemente imersos
na Sangha.
Eles estão despertos, sempre despertos
Os discípulos de Gotama
em plena atenção, dia e noite,
constantemente imersos
no corpo.
Estão despertos, sempre despertos:
Os discípulos de Gotama
seus corações se deliciam, dia e noite,
em ser inofensivos.
Estão despertos, sempre despertos:
Os discípulos de Gotama
seus corações se deliciam, dia e noite,
em desenvolver a mente
302:
Dura é a vida
é duro se encantar disto.
Duro é a miserável
vida do dono da casa.
É doloroso ficar com pessoas dissonantes,
doloroso viajar pela estrada.
Assim não seja viajante
nem aflito.
303 *:
O homem de convicção
dotado de virtude,
glória e riqueza:
onde quer que ele vá
é honrado.
304:
O brilho do homem bom se vê de longe
como o Himalayas nevado.
O ruim não apareçe
até mesmo quando próximo,
como flexas atiradas na noite.
305:
Sentando só,
descansando só,
caminhando só,
incansável.
Se domesticando,
ele se delicia na solidão--
só na floresta.
DHAMMAPADA XXII
Inferno
306:
Ele vai para inferno,
o que afirma
o que não aconteceu,
como faz o que, tendo feito,
diz, ' eu não fiz. '
Ambos--as pessoas de baixa ação--
são iguais:
depois da morte, no além mundial.
307-308:
Ainda usando o manto amarelo,
mas com muitas qualidades más
--desenfreado, mal--
vai, por causa dos seus atos,
para o inferno.
Melhor comer uma bola de fogo
--ardente, chamejante--
do que, sem princípios e
desenfreado,
receber as esmolas do país.
309-310:
Quatro coisas acontecem ao homem descuidado
que deseja as esposas dos outros:
a riqueza de demérito;
a falta de sono bom;
a censura
quarto, o inferno.
Uma riqueza de demérito, um destino mau,
o prazer breve de um
homem medroso com
mulher medrosa,
o rei o inflige castigo severo.
Assim
nenhum homem deveria deitar
com a esposa de outro.
311-314:
Da mesma maneira que a afiada grama
corta a mão de quem não a sabe segurar,
a vida reclusa, se injustamente levada,
arrasta até ao inferno.
Qualquer ato de inatividade,
ou falta de observância,
vida fraudulenta, sem castidade
não dá nenhum bom fruto.
Se algo deve ser feito,
então trabalhe firmemente nisto,
pois uma inatividade
chuta para cima ainda mais pó.
É melhor deixar a má ação
desfeita.
A má ação o queima posteriormente.
Melhor que uma ação boa seja feita
que, depois que você fez isto,
não lhe faça queimadura.
315:
Como uma fortaleza de fronteira,
vigiada dentro e fora,
se vigie.
Não deixe o momento passar.
Esses para quem o momento é passado
aflitos, consignaram o inferno.
316-319:
Envergonhado do que não é vergonhoso,
não envergonhado do que é,
seres que adotam visões erradas
vão para um destino ruim.
Perigo vendo onde não há nenhum,
e nenhum perigo onde há,
seres que adotam visões erradas
vão para um destino ruim.
Erro vendo onde não há nenhum,
e nenhum erro onde há,
seres que adotam visões erradas
vão para um destino ruim.
Mas erro instruído como erro,
e não-erro como não -,
seres que adotam visões certas
vá para o bom
destino
DHAMMAPADA XXIII
Elefantes
320:
Como um elefante na batalha,
suportando um tiro de seta de um arco--
suportarei uma falsa acusação,
para a massa das pessoas
que não tenha nenhum princípio.
321:
Os elefantes domesticados são levados às assembléias.
O rei os monta.
Os homens domesticados suportam
a falsa acusação
são, entre os seres humanos,
os melhores homens.
322-323:
Excelente é a mula domesticada,
animais de puro sangue domesticados,
cavalos domesticados de Sindh.
E os excelentes, domesticados,
grandes elefantes de combate.
Mais excelente
é o ego-domesticado.
Não para aqueles montes pode você ir
para a desconhecida terra,
como o domesticado vai
domesticando, bem-domesticado, a si-mesmo.
324 *:
O tusker, o Dhanapalaka,
o grande elefante, é duro controlar.
Acorrentado não comerá
pois perdeu
a floresta.
325:
Quando entorpecido, guloso,
sonolento, refestelado
como um porco robusto, engordando:
um simplório entra no útero
novamente
e novamente.
326:
Antes, esta mente foi vagar
porém se agradou,
onde quer que quis,
por qualquer modo do que gostou.
Hoje, eu controlarei isto habilmente
como um buraco aprisiona um elefante enfurecido.
327:
Deleite-se em Plena Atenção
Observe sua própria mente.
Levante-a
deste caminho difícil
como um elefante penetrando a lama.
328-330 *:
Se você ganha um companheiro maduro--
um viajante da mesma categoria, direito-vivo, iluminado--
superando todos os perigos
vá com ele, satisfeito,
atento.
Se você não ganha um companheiro maduro--
um viajante da mesma categoria, direito-vivo, iluminado--
vá só
como um rei que renuncia o seu reino,
como o elefante na floresta de Matanga,
o seu rebanho
Indo só é melhor,
não há nenhuma companhia com o bobo.
Vá só,
fazendo isso não há nenhum mal, há paz,
como o elefante na floresta de Matanga.
331-333:
Uma bênção: amigos quando a necessidade surge.
Uma bênção: satisfação com tudo que há.
Merecimento ao fim da vida é uma bênção.
Uma bênção: o abandonar todo o sofrimento
e tensão.
Uma bênção no mundo: reverenciar sua mãe.
Uma bênção: reverencie como um bem a seu pai.
Uma bênção no mundo: reverenciar um meditador.
Uma bênção: reverenciar um brâhmane, também.
Uma bênção na velhice é a virtude.
Uma bênção: convicção estabelecida.
Uma bênção: discernimento atingido.
O não-fazer coisas más é
uma bênção.
DHAMMAPADA XXIV
O desejo
334:
Quando uma pessoa vive sem Atenção,
a apetência dele cresce como uma videira rastejante.
Ele corre aqui
e ali,
como se, procurando fruta,
um macaco na floresta.
335-336:
Se esta apetência pegajosa, rude
o supera no mundo,
suas tristezas crescem como grama selvagem
depois da chuva.
Se, no mundo, você supera
esta apetência rude, dura de escapar,
as tristezas saem de você,
como gotas de água fora
de um loto.
337 *:
Para todos vocês reunidos aqui
Eu digo: Boa Fortuna.
Arranquem o desejo
como, ao buscar raízes medicinais, grama selvagem
pela raiz.
Não deixe Mara os seduzir
--como um rio furioso dobra a cana--
sempre e sempre
338:
Se sua raiz
não danificada é forte,
a árvore, até mesmo cortada,
renasce.
Também se o desejo oculto
não está bem arraigado,
este sofrimento devolve
novamente
&
novamente.
339-340 *:
Eles de quem 36 paixões,
fluindo ao que está atraindo, são fortes:
as correntes--solucionando baseando em paixão--
de visões básicas, os levam, fora.
Eles que fluem desordenadamente, os fluxos,
e as permanentes trepadeiras
Agora, vendo que isso surgiu
corte pela raiz
com discernimento.
341 *:
Soltas e lubrificadas
são as alegrias de uma pessoa.
Pessoas, assaltadas por tentação,
procuram facilidade:
para o nascimento e envelhecendo vão.
342-343 *:
Cercados pelos desejos,
pessoas saltam em círculo e ao redor
como um coelho pegado em armadilha.
Amarrado com corrente e laços
eles vão para sofrimento
novamente e novamente, por muito tempo.
Cercado com almejar,
pessoas saltam círculo & ao redor
como um coelho pegado em armadilha.
Assim o monge
deve dispersar apetência,
deve aspirar à paz
para si.
344:
Liberto da selva
mas nela recae,
corre atrás para a floresta de que foge.
Venha, veja a pessoa livre
que corre atrás das mesmas antigas cadeias!
345-347 *:
Isso não é um laço forte
--assim diz o iluminado--
para aquele feito de aço, de madeira, ou de grama.
Ser golpeado, escravizado,
com jóias & ornamentos,
almejando filhos & esposas.
Isso é o laço forte,
--assim diz o iluminado--
um que está constrangendo,
elástico,
duro de desamarrar.
Mas tendo cortado isto, ele,
--o iluminado--vai adiante,
livre de desejar, abandonando
a facilidade sensual.
Esse atingido duramente pela paixão
se retira
em um fluxo ego-feito,
como uma aranha emaranhada em sua teia.
Mas, tendo cortado isto, o iluminado segue adiante,
livre de desejar, abandonando
todo o sofrimento & tensão.
348 *:
Ido para o além de se tornar,
deixou em frente
deixou atrás,
deixou entre.
Com o coração que abandonou todos os lugares
você não vem novamente a nascimento
& envelhecimento.
349-350 *:
Para uma pessoa
forçada pelo pensamento
feroz em sua paixão
focalizado em beleza,
o desejo ainda mais cresce.
Ele é o
que aperta o laço.
Mas o que se encanta
com o acalmado pensamento,
sempre atento
cultivando
em foco a confusão:
Ele é o
que fará fim,
que cortará o laço de Mara.
351-352 *:
Chegado ao fim,
sem medo, puro, livre
de apetência, cortou ele
as setas de se tornar.
Este montão físico é o último
Livre de almejar,
inapegado,
astuto em expressão,
sabendo a combinação de sons--
qual vem primeiro & qual depois .
Ele é chamado um
último-corpo
grandemente discernido
grande homem.
353 *:
Todos-conquistando,
todo-instruído
com respeito a todas as coisas,
não aderindo
Tudo-abandonando,
libertado do fim de almejar:
tendo sabido completamente a si-próprio,
a quem deveria apontar como professor?
354 *:
Um presente de Dharma conquista todos os presentes;
o gosto de Dharma, todos os gostos,
uma delícia de Dharma, todas as delícias;
o fim de almejar, todo o sofrimento,
& tensão.
355:
Riquezas arruinam o homem
fraco em discernimento,
mas não esses que buscam
o além.
Por almejar riquezas
o homem fraco em discernimento
se arruína ele
como ele vão outros.
356-359:
Campos são deteriorados por ervas daninhas;
pessoas, por paixão.
Esses
livres de paixão
têm grandes frutos.
Campos são deteriorados por ervas daninhas;
pessoas, por aversão.
Esses
livres de aversão
têm grandes frutos.
Campos são deteriorados por ervas daninhas;
pessoas, por ilusão.
Esses
livres de ilusão
têm grandes frutos.
Campos são deteriorados por ervas daninhas;
pessoas, desejando.
Esses
livres de desejar
têm grandes frutos.
DHAMMAPADA XXV
Monges
360-361 *:
Restrição com o olho é bom,
bom é restrição com o ouvir.
Restrição com o nariz é bom,
bom é restrição com a língua.
Restrição com o corpo é bom,
bom é restrição com fala.
Restrição com o coração é bom,
bom é em todos lugares restrição.
Um monge contém todos lugares
e é libertado de todo o sofrimento & tensão.
362:
Mãos contidas,
pés contidos
fala contida,
supremamente contido--
na delícia do seu interior,
contente, centrado, só:
assim é o que eles chamam
monge.
363 *:
Um monge contido na sua fala,
aconselha,
declarando a mensagem & seu significado:
doçura é a sua fala.
364:
Dharma a sua habitação,
Dharma a sua delícia,
um monge que pondera Dharma,
Dharma chama para mente,
não sai
do verdadeiro Dharma.
365-366:
Ganho:
não trate seu próprio com desprezo,
não deseje os de outros.
Um monge que deseja os de outros
não atinge
nenhuma concentração.
Até mesmo se ele nada consegue,
não trata os ganhos dos outros com desprezo.
Vivendo puramente, incansável
ele é aquele
que os deuses elogiam
367:
Para quem, no nome & forma
em todos os sentidos,
não vê nenhum sentido,
& que não se aflige
com o que não é:
ele é chamado merecidamente
monge.
368 *:
Morando em bondade, um monge,
com fé no Desperto está ensinando,
atinge o estado bom,
o estado calmo:
acalmar-de-fabricações aliviadas.
369 *:
Monge, alivia teu barco.
ele vai levar-te melhor, aliviado
Tendo cortado paixão, aversão,
você vai de lá para a Liberdade
370 *:
Corte por cinco,
deixe cinco,
& desenvolvendo cinco acima de tudo.
Um monge ido além de cinco anexos
é dito que cruzou a inundação.
371:
Pratique jhana, monge,
e não seja descuidado.
Não deixe sua mente vagando
em praias sensuais.
Não engula --descuidado--
a bola de ferro em fogo.
Não queime & reclame: ' Esta é dor. '
372:
Não há nenhuma jhana
para o sem discernimento,
nenhum discernimento
para o sem jhana.
Mas o com ambos, jhana
& discernimento:
está à beira
de Liberdade.
373-374:
Monge com a mente em paz,
entrando em uma habitação vazia,
vendo corretamente
claramente
o Dharma:
a sua delícia é maior
que a humana.
Porém é,
porém ele toca
o surgir-&-transcurso de agregados:
ele ganha êxtase & alegria:
que, para esses que conhecem isto,
é imortal,
o Imortal.
375-376:
Aqui as primeiras coisas
para um monge perspicaz
vigiar os sentidos,
satisfação,
restrição com o Patimokkha.
Ele deveria se associar com amigos admiráveis,
vivendo puramente, incansável,
hospitaleiro através de hábito,
qualificado na sua conduta
Ganhando a alegria múltipla,
porá um fim
para sofrer & tensão.
377:
Perca paixão
& aversão, monges--
como um jasmim,
suas flores murchas.
378:
Acalmado o corpo,
acalmada a fala,
bem-centrado & calmo,
tendo vomitado as iscas do mundo,
um monge é chamado
completamente
tranquilo.
379:
Você deveria se reprovar,
deve se examinar.
Como um monge ego-cuidadoso
ego vigiado
atento, você fica à vontade.
380:
Seu próprio ego é
seu próprio esteio.
Seu próprio ego é
seu próprio guia.
Então você deve
observar a si próprio
como um comerciante, um corcel bom.
381 *:
Monge com uma alegria múltipla,
com fé no Desperto está ensinando,
atinge o estado bom,
o estado calmo:
acalmar-de-fabricações aliviadas.
382:
Um monge jovem que se esforça
no Despertar está ensinando,
clareia o mundo
como a lua fixa livre de nuvem.
DHAMMAPADA XXVI
Brâhmanes
383 *:
Detém-te, ó brâhmane,
corte o fluxo.
Desembaraça-te das paixões sensuais.
Sabendo o fim das fabricações,
brâhmane,
você sabe o Desfeito.
384 *:
Quando o brâhmane vai
para o além das duas coisas,
então todas suas correntes
vão para o fim
ele que sabe.
385 *:
Aquele que vai além
não-além de
além de-&-não-além de
não pode ser achado;
inabalável, despreocupado,:
ele é o que eu chamo
um brâhmane.
386:
Se sentando silencioso, puro,
absorvido em jhana,
a tarefa feita, sem efluência,
última meta atingida:
ele é o que eu chamo
um brâhmane.
387:
De dia brilha o sol;
de noite, a lua;
em armadura, o guerreiro;
em jhana, o brâhmane.
Mas todo o dia & toda a noite,
diariamente & todas as noites,
o Desperto irradia
em esplendor.
388 *:
Ele é chamado um brâhmane
por ter banido o seu mal
um contemplador
por viver em consonância,
um ido adiante
por ter abandonado
as próprias impurezas
389 *:
A pessoa não deve golpear um brâhmane
nem deve o brâhmane
soltar sua raiva
Envergonha o assassínio de um brâhmane
Mais envergonha o brâhmane
cuja raiva é solta.
390 *:
Nada melhor para o brâhmane
do que a mente segura
do que está encarecendo & não.
Este prejudicial descuido
fora,
é como se acentua
simplesmente o descansar.
391:
Quem não faz nenhum erro
em corpo,
fala,
e coração,
é contido desses três modos:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
392 *:
A pessoa de quem
você aprenderia o Dharma
ensinado pelo Correto
Ego-despertado Um:
você deveria honrá-lo com respeito--
como um brâhmane, a chama do sacrifício.
393-394 *:
Não através de cabelo emaranhado,
através de clã, ou de nascença,
é um brâhmane
Quem tem verdade
& retidão:
é um puro,
ele, um brâhmane
O que é o uso de seu cabelo emaranhado,
simplório?
O que é o uso de seu capote de deerskin?
A confusão está dentro de você.
Você penteia o exterior.
395:
Trapos de refugo
seu corpo inclinado e veias salientes
absorvido em jhana,
só na floresta:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
396 *:
Eu não chamo um brâhmane
por nascer de uma mãe
ou pular de um útero.
Ele é chamado um brâmane
se não tem qualquer coisa, nada.
Alguém com nada,
que não agarra nenhuma coisa:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
397:
Tendo cortado toda corrente,
ele não treme
Além do apego
inabalável
ele é o que eu chamo
um brâhmane
398 *:
Tendo cortado correia & correia,
corda & rédea,
tendo se livrado da barra,
desperto:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
399:
Ele suporta sem raira
insulto, assalto, & prisão.
O exército dele é a força;
a força dele, a paciência,:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
400 *:
Livre da raiva,
deveres observados,
virtuoso, sem orgulho dominante,
treinado, um ' último-corpo '
ele é o que eu chamo
um brâhmane
401:
Como água em uma folha de loto,
uma semente de mostarda na ponta da agulha,
ele não adere a prazeres sensuais:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
402 *:
Ele discerne aqui mesmo,
para si,
em si próprio,
o próprio
terminando a tensão.
Inabalável, livre do seu fardo
ele é o que eu chamo
um brâhmane
403:
Sábio, profundo
em discernimento, astuto
sobre o que é o caminho
& o que não é;
a última meta ele atingiu:
ele é o que eu chamo
um brâhmane.
404:
Incontaminado
pelos donos da casa
& pelos sem casa
vivendo sem casa,
sem nenhuma necessidade
ele é o que eu chamo
um brâhmane
405:
Tendo apartado a violência
contra seres medrosos ou firmes,
ele não mata nem
leva outros a matar:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
406:
Tolerante entre intolerantes
desarmado entre armados
desinteressado entre interessados
ele é o que eu chamo
um brâhmane
407:
A paixão, aversão,
vaidade & desprezo,
fora--
como uma semente de mostarda
da ponta de uma agulha:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
408:
Ele diria
o que é paz,
instrutivo,
verdadeiro--
não cansa ninguém:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
409:
Aqui no mundo
ele não leva nada que não lhe tenha sido dado
longo, curto,
grande, pequeno,
atraente, ou não:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
410:
O seu desejo deste
e do próximo mundo
não pode ser achado;
livre de desejar, inabalável
ele é o que eu chamo
um brâhmane
411 *:
Seus apegos
suas casas
não podem ser achadas.
Por saber
ele é inabalável
atingiu o mergulho
o Imortal
ele é o que eu chamo
um brâhmane
412 *:
Ele foi
além do apego
para ambos: mérito & mal
sem lastimação, sem lixo, puro:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
413:
Imaculado, puro, como a lua
--límpido & tranqüilo--
as suas delícias, o seu vir-a-ser
totalmente acabados
ele é o que eu chamo
um brâhmane
414:
Ele fez seu caminho passado
este caminho de duro-andamento
--samsara, ilusão--
atravessou,
foi além,
é livre de desejo,
de perplexidade,
absorvido em jhana,
com nenhum adesivo
Liberto:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
415-416:
Quem, abandonando paixões sensuais
sai de casa--
sem paixões sensuais, sem vir-a-ser
totalmente ido:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
Quem, abandonando apetência
sai de casa--
sem apetências, sem vir-a-ser
totalmente ido:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
417:
Tendo deixado para trás
o laço humano,
tendo feito seu caminho passado
o divino,
de todo desembaraçado de laços:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
418:
Tendo deixado para trás
delícia & desgosto,
esfriado, sem aquisições--
um herói que conquistou
todo o mundo,
todo mundo:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
419:
Ele sabe em todos os sentidos
o transcurso de seres fora,
e seu ressurgimento
solto, desperto,
bem-ido:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
420:
Ele cujo curso não sabem
--devas, gandhabbas, & os seres humanos--
a sua efluência terminada, um arahant:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
421 *:
Ele que não tem nada
--na frente, atrás, entre--
um com nada
que não agarra nenhuma coisa:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
422:
Um touro esplêndido, conquistador,
herói, grande vidente--
livre de desejo,
desperto, lavado:
ele é o que eu chamo
um brâhmane
423 *:
Ele sabe suas vidas anteriores
Ele vê céus & estados de aflição,
atingiu o fim de nascimento,
é um sábio que dominou o conhecimento
seu domínio totalmente aperfeiçoado
ele é o que eu chamo
um brâhmane
[FIM DO DHAMMAPADA]
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